Sigilosa, ahuyentando luces ya eres,
noche.
El sol se fue, vencido, del campo.
Levantas bandera oscura.
Bandera que ya no se ve...
Eres tierra de soledades...
Y dominio de silencios.
País de susurros,
Reino de la palabra muda.
Una luz allá desafiante...
Luciérnaga rebelde.
Un sonido prófugo acá...
Grillo osado...
Noche... hay vida aquí...!
Noche... hay vida en Ti...!
Espada de agua te
traspasa...
Hilo de arroyo que teje camino en
ti...
Aduana..., le das permiso
Y continúa susurrante viaje.
Hojas que hablan entre sí...,
se rozan en danza de seducción y
amor...
Un aletear de un pájaro nocturno...
O paloma trasnochada...
¡Oh...! ¡Una línea se escribe
sobre tu tela impecable...!
Estrella fugaz...
que se adueña de mis tres deseos.
Y un coro de estrellas canta,
con sus ojos parpadeantes,
la música del silencio
que solo oye mi alma
hecha soledad.
Noche, nada ha muerto... solo algo
duerme...!
Mientras tus pasos oscuros
caminan...
Velas el sueño de los cansados
y acompañas el caminar del insomne...!
Noche... hay vida aquí...!
Noche... hay vida en Ti...!
(Sergio)
Noite...
Há vida em ti...!
Sigilosa,
afugentando luzes já és, noite.
O
sol foi-se, vencido, do campo.
Levantas
bandeira escura.
Bandeira
que já não se vê...
És
terra de solidões...
E
domínio de silêncios.
País
de sussurros,
Reino
da palavra muda.
Uma
luz além desafiante...
Pirilampo
rebelde.
Um
som foragido cá...
Grilo
ousado...
Noite...
há vida aqui...!
Noite...
há vida em Ti...!
Espada
de água te trespassa...
Fio
de riacho que tece caminho em ti...
Aduana...,
dás-lhe permissão
E
continua sussurrante viagem.
Folhas
que falam entre si...,
Roçam-se
em dança de sedução e amor...
Um
esvoaçar de um pássaro nocturno...
Ou pomba
pernoitada...
Oh...!
Uma linha se escreve
sobre
a tua tela impecável...!
Estrela
fugaz...
que
se apossa dos meus três desejos.
E
um coro de estrelas canta,
com
os seus olhos pestanejantes,
a
música do silêncio
que
só ouve a minha alma feita solidão.
Noite,
nada morreu... só algo dorme...!
Enquanto
os teus passos escuros caminham...
Velas
o sono dos cansados
e
acompanhas o caminhar do ensonado...!
Noite...
há vida aqui...!
Noite...
há vida em Ti...!
(Sergio)
Sergio
30.01.2011