Préstamos...

Si me prestas tu mirada me enseñarás que no todo es como lo veo yo... 

Me prestarás con ella tus colores y tu forma de ver la vida..., de la cual seguro aprenderé...

Me llenaré de tus brillos por un instante y ellos, a su vez, confraternizarán con los míos y juntos opacarán al sol...!

Yo te presto mis miradas y verás que, cada una, es saeta que siempre tiene un blanco..., porque jamás desperdicio una mirada...

Ella, en mi, cumple el sentido de su vida...

Préstame, por un instante, tus pasos... y compartiré, por ese mismo instante, el gastado camino de tus realidades y, a la vez, la florida senda que conduce a tus sueños...!

En ese mismo camino... pásame que cargaré la carga de tus angustias, tus dudas y temores...!

Que cuando todo se comparte no sumo ni resto ni multiplico..., solo divido para que a ti te pese solo la mitad...!

Yo te prestaré mis pasos para que sepas donde voy y, así, verás que mis huellas terminan en ti...!

Préstame el germinar de tus sueños... y así veré en ti, el milagro de la ilusión recién nacida, el logro recién conseguido..., el amor recién estrenado...!

Yo te prestaré el nacimiento de los míos y podrás ver que son tantos como tantos días tiene mi vida... y así te enseñaré que, cada día, si lo quieres, puede haber primavera en ti...

Préstame alguna de tus lágrimas ya nacidas y haré de ella la gota que riega la sequedad de los ojos que ya, estériles y endurecidos, no saben que llorar es, tantas veces, inevitable... y, derramarlas, casi siempre, una necesidad...!

Te prestaré una lágrima... para que sepas que aún no he llorado suficiente ante lo bello y conocerás porque ya he llorado tanto por lo que no lo es...!

Pero también sabrás, que no avergüenzo ni reniego de mis lágrimas pues son perlas preciosas y gemas de mis ojos...!

Dame como préstamo las encrucijadas de tu vida para entenderte mejor en tus miedos, para saber del “por qué de tus dudas” y ayudarte a tomar el camino de la solución...!

Yo te prestaré mis caminos cruzados, donde hube de decidir sin que hubiera una señal... te enseñaré los pasos que aún no detengo, pero también los “marcha atrás”, esos que me hicieron volver al principio para volver a empezar...!

Necesito que me prestes algo de vida

para aprender, yo, un poco de ti...!

Me han dicho que eres cantera productiva...

Que es probable que seas un libro aún por leer

y que seguro... 

eres como una fuente de agua inagotable.

Eso me han dicho...!

Yo, con humildad, te presto algo de mi vida 

para que saques lo bueno (si lo hay)

y dejes lo malo (que seguro está)...

Y en esto de dar y recibir ambos ganaremos,

porque no debe haber más nobleza 

que reconocer que necesitamos de alguien 

ni más orgullo que suplir la necesidad de otros...!

Préstame que te presto..., enséñame que te enseño..., 

comparte conmigo que yo lo hago contigo..., 

pero no me faltes...

Pués si no estás tú... 

¿Quién se arriesgará a darme un préstamo...? 

¡Nadie más que tú...!

EMPRÉSTIMOS...

Se me emprestas o teu olhar ensinar-me-ás que nem tudo é como eu vejo... 

Emprestar-me-ás com ele as tuas cores e a tua forma de ver a vida..., da qual, seguramente, aprenderei... 

Encher-me-á dos teus brilhos por um instante e eles, por sua vez, confraternizarão com os meus e juntos ofuscarão o sol...! 

Eu empresto-te os meus olhares e verás que, cada um, é seta que sempre tem um alvo..., porque jamais desperdiço um olhar... 

Ele, em mim, cumpre o sentido da sua vida... 

Empresta-me, por um instante, os teus passos... e partilharei, por esse mesmo instante, o gasto caminho das tuas realidades e, ao mesmo tempo, a florida senda que conduz aos teus sonhos...! 

Nesse mesmo caminho... passa-me que carregarei a carga das tuas angustias, as tuas dúvidas e temores...! 

Porque quando tudo se comparte não somo nem subtraio nem multiplico..., apenas divido para que a ti te pese só metade...! 

Eu emprestar-te-ei os meus passos para que saibas onde vou e, assim, verás que as minhas marcas terminam en ti...! 

Empresta-me o germinar dos teus sonhos... e assim verei em ti, o milagre da ilusão recém-nascida, o feito recém-conseguido..., o amor recém-estreado...! 

Eu emprestar-te-ei o nascimento dos meus e poderás ver que são tantos, como tantos dias tem a minha vida..., e assim ensinar-te-ei que, todos os dias, se o queres, pode haver primavera em ti... 

Empresta-me alguma das tuas lágrimas já nascidas e farei dela a gota que rega a secura dos olhos que já, estéreis e endurecidos, não sabem que chorar é, tantas vezes, inevitável... e, derramá-las, quase sempre, uma necessidade...! 

Emprestar-te-ei uma lágrima... para que saibas que ainda não chorei o suficiente ante o belo e conhecerás porque já chorei tanto pelo que não o é...! 

Mas também saberás, que não me envergonho nem renego as minhas lágrimas, pois são pérolas preciosas e gemas dos meus olhos...! 

Dá-me como empréstimo as encruzilhadas da tua vida para entender melhor os teus medos, para saber o “porquê das tuas dúvidas” e ajudar-te a tomar o caminho da solução...! 

Eu emprestar-te-ei os meus caminhos cruzados, onde tive que decidir sem que houvesse um sinal... ensinar-te-ei os passos que ainda não detenho, mas também os “marcha atrás”, esses que me fizeram voltar ao princípio para recomeçar...!

Necessito que me emprestes algo de vida

para aprender, eu, um pouco de ti...!

Disseram-me que és canteiro produtivo...

Que é provável que sejas um livro ainda por ler

e que, seguramente...,
és como uma fonte de água inesgotável.

Isso me disseram...!

Eu, com humildade, empresto-te algo da minha vida 

para que saques o bom (se o há)

e deixes o mau (que seguramente existe)...

E nisto de dar e receber ambos ganharemos,
porque não deve haver maior nobreza
que reconhecer que necessitamos de alguém
nem maior orgulho que suprir a necessidade de outros...!

Empresta-me que eu empresto-te...,

ensina-me que eu ensino-te...,
comparte comigo que eu faço-o contigo...,
mas não me faltes... 

Pois se não estás tu...
Quem se arriscará a dar-me um empréstimo...?
Ninguém mais que tu...!

Sergio

17.09.2010