“De olvidos y no olvidos…”

Nunca es tarde para olvidar lo olvidable.

Nunca es tan oportuno como ahora para tratar de no olvidar de hacer lo que es correcto...!

Aún no es tarde para olvidar mis angustias. Pero aún puedo recordar las alegrías que son como la cortina que se corre para no ver la tormenta a través del vidrio de nuestra alma... y espero a que pase...!

Me tengo que acordar de olvidarme de los agravios...! Lo que no debo olvidar es que si quedara algún rebelde resabio de odio... bien puede ser reemplazado por una dosis de perdón...! Así..., lograría hacer que mi vida se aliviane, tal como un barco necesita liberarse de su lastre para volar sobre las aguas...!

Voy a hacer lo posible por olvidar los ladrillos de las paredes contra las cuales se estrellaron muchos de mis proyectos...! Trataré más bien de no olvidar el color de las puertas que se abrieron a mi paso y posibilitaron que hoy tenga lo que tengo para  ser feliz... en vez de recordar lo que “quisiera tener” y ser un eterno desdichado frustrado...!

Trataré de olvidar cómo era tener los dientes apretados del dolor, producto de las heridas de mis batallas perdidas...! Más bien trataré de sacarle filo a las armas de la Vida que me dieron tantas victorias, pequeñas, medianas y grandes..., pero me hicieron mantenerme, tantas veces, en pié...!

Haré lo posible por olvidar el amargo sabor de las lágrimas inútiles derramadas por lo que no valía la pena...! Sí, tratare de no olvidar a aquellas que fueron ofrendas de amor por la pérdida de lo querido. Ellas, pasado el tiempo, se transformaron de tristes... a socias de los mejores recuerdos...! A esas lágrimas no las rechazo...!

En cuánto de mí dependa... trataré de olvidar los caminos errados que transité, las sendas de las que tuve que regresar porque no llevaban a ningún destino...! Sí, quisiera no olvidar el mapa de los consejos, las guías y las enseñanzas para consultarlo cada vez que me encuentre en las encrucijadas de mi vida y para que me muestren el mejor camino para llegar al destino que aún no sé cuál es..., pero al que sé que debo llegar...

Debo olvidar la palabra cruel, el desprecio vil, la critica homicida..., pues son solo fantasmas que osan aparecer de vez en cuando en forma de recuerdos, pero ya no tienen la fuerza de la vida...! Sí, no debo olvidar que hay palabras que sanan heridas, que limpian caminos, que tuercen el camino torcido y tienen el poder de levantar al que está caído y no solo no las voy a olvidar sino que las voy a practicar...!

No tendré memoria de las veces que dices que te ayudé..., pero si recordaré cuántas veces me apoye en ti... cuando mis rodillas se doblaban vencidas...

Olvidaré las peleas y discusiones... no olvidaré las reconciliaciones...

Olvidaré y cuando no pueda olvidar… disimularé tus pequeños defectos..., pero no olvidaré la gigantez de tus virtudes...

En definitiva..., será el Olvido mi recurso para borrar de la pizarra de mi Vida las ecuaciones de las que no obtuve ningún resultado ni beneficio alguno...

Pero el NO Olvido será la letra de trazo indeleble que siempre estará presente frente a Mí y se hará problema y cuenta resuelta..., fórmulas exactas a las que acudiré cada vez que las fracciones de mi Vida me pongan frente a la incógnita de lo Por resolver..!

Por eso...  OLVIDARÉ..., 

pero también NO OLVIDARÉ...!

"De esquecimentos...

e não esquecimentos…"

  

Nunca é tarde para olvidar o olvidável. 

Nunca é tão oportuno como agora para tratar de não esquecer de fazer o que é correcto...! 

Ainda não é tarde para esquecer as minhas angústias. Mas ainda posso recordar as alegrias que são como a cortina que se corre para não ver a tormenta através do vidro da nossa alma... e espero que passe...! 

Tenho que me lembrar de esquecer-me dos ultrajes...! O que não devo esquecer é que, se resta alguma rebelde mácula de ódio..., bem pode ser substituído por uma dose de perdão...! Assim..., lograria fazer que a minha vida se alivie, tal como um barco necessita liberar-se das suas amarras para voar sobre as águas...! 

Vou fazer o possível por esquecer os ladrilhos das paredes contra as quais se estatelaram muitos dos meus projectos...! Tratarei antes de não esquecer a cor das portas que se abriram à minha passagem e possibilitaram que hoje tenha o que tenho para ser feliz..., em vez de recordar o que “quisera ter” e ser um eterno infortunado frustrado...! 

Tratarei de esquecer como era ter os dentes apertados de dor, produto das feridas das minhas batalhas perdidas...! Em vez disso tratarei de tirar o fio às armas da Vida que me deram tantas vitórias, pequenas, medianas e grandes..., mas fizeram-me manter, tantas vezes, em pé..! 

Farei o possível por esquecer o amargo sabor das lágrimas inúteis derramadas pelo que não valia a pena...! Sim, tratarei de não esquecer aquelas que foram oferendas de amor pela perda de alguém querido. Elas, com o decorrer do tempo, passaram de tristes... a sócias das melhores lembranças...! A essas lágrimas não as rejeito...! 

No que de mim dependa... tratarei de olvidar os caminhos errados que transitei, as sendas das quais tive que regressar porque não levavam a lugar nenhum...! Sim, quisera não esquecer o mapa dos conselhos, os guias e os ensinamentos para consultá-los cada vez que me encontre nas encruzilhadas da minha vida e para que me mostrem o melhor caminho para chegar ao destino que ainda não sei qual é..., mas ao qual sei que devo chegar... 

Devo esquecer a palavra cruel, o desprezo vil, a critica homicida..., pois são apenas fantasmas que ousam aparecer de vez em quando em forma de lembranças, mas já não têm a força da vida...! Sim, não devo olvidar que há palavras que curam feridas, que limpam caminhos, que endireitam o caminho torcido e têm o poder de levantar o que está caído e não só as vou esquecer como as vou pôr em prática. 

Não terei memória das vezes que dizes que te ajudei..., mas sim recordarei quantas vezes me apoiei em ti... quando os meus joelhos se dobravam vencidos... 

Esquecerei as zangas e as discussões… não esquecerei as reconciliações... 

Olvidarei e quando não possa olvidar… dissimularei os teus pequenos defeitos..., mas não olvidarei a grandeza das tuas virtudes... 

Em definitivo... será o Esquecimento o meu recurso para limpar do quadro da minha Vida as equações em que não obtive nenhum resultado nem beneficio algum... 

Mas o NÃO Esquecimento será a letra de traço indelével que sempre estará presente frente a Mim e se fará problema e conta resolvida..., fórmulas exactas a que acudirei cada vez que as fracções da minha Vida me ponham frente à incógnita do Por resolver..! 

Por isso... OLVIDAREI..., 

mas também NÃO OLVIDAREI...!

Sergio

25.11.2010